Super estreia


“O surpreendente no efeito obtido por Yates é a simplicidade dos meios que ele utilizou: primeiro, uma paleta de cores fechada, que privilegia o chumbo e torna os tons vivos, quando aparecem, dramáticos e cheios de prenúncios; uma faxina nos sets, para fazer da escola de bruxos Hogwarts um ambiente medieval e austero; depois, enquadramentos muito profundos, que, por colocarem boa distância entre o primeiro e o último planos, sugerem que há coisas que não se podem discernir nem desvendar; e, por fim, a ênfase no rosto dos atores.”


Seja como for e independendo do enredo, um filme tem que ser muito bem produzido pra convencer quem vê, pra despertar emoções e pra levar pessoas do mundo inteiro a se tornarem fãs: o filme se torna uma febre. É claro que, ultimamente, tem surgido muito lixo cinematográfico por aí, e por incrível que pareça, as pessoas adoram. Mas vamos lá, estamos falando de Harry Potter, e não de qualquer coisa. Harry Potter não é como os filmes comuns, não é algo que surge e passa, mas sim algo que vem e nós esperamos pelo próximo, e pelo próximo e pelo próximo... E ficamos agonizando um ano inteiro, só sustentando nossas vontades com os filmes passados, decorando as falas, percebendo os detalhes – principalmente aqueles em que os quadros se movem, adoro aquela girafa enorme! -, procurando novidades e vendo cenas que foram cortadas ou making of.
Acho que eu nunca esperei tanto por um filme como esperei por esse. Li todos os livros, e o Enígma do Príncipe foi um dos que eu mais gostei, depois do Prisioneiro de Azkaban. Eu sou dessas que prefere o livro ao filme, é lógico que no livro tudo é muito mais imaginativo e detalhado, mas, acima de tudo, a J.K. escreve maravilhosamente bem, e se você lê os livros você entende muito melhor. Nos filmes a coisa fica um tanto que picada, e falta pedaço. É esperado que você tenha um conhecimento prévio da história, quem leu o livro antes de ver o filme sai entendendo muito melhor.
Mas apesar da soberania dos livros, eu espero os filmes ansiosamente. Talvez pela atuação, talvez pelos cenários, é tudo como você imagina quando lê os livros. Acho que isso acontece em parte porque eu só me interessei a ler os livros depois que já tinha visto o segundo filme da série, daí o que você imagina fica um pouco distorcido pelo que você viu. Duvido que eu imaginaria o Daniel Radcliffe como Harry Potter se tivesse lido o livro antes de ver o filme! Ah, mas deixa! A produção é excelente! O clima do filme é fiel ao clima do livro, tudo meio misterioso, meio fantástico.
Das produções, se tem uma cena que eu gosto muito é aquela, do Prisioneiro de Azkaban, em que um passarinho vem voando tão feliz e passa perto do salgueiro lutador, aí você sabe o que acontece. Esse salgueiro lutador é fascinante, tem também uma cena em que todas as folhas dele caem, adorei.
Mas enfim, esse HP6 promete, já está demorando! Eu esperei um ano por isso, mas realmente não vou entrar na sala de cinema esperando que o filme saia tão bom quanto o livro, é impossível.

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2 comentários:

Rodrigo Bros disse...

"É claro que, ultimamente, tem surgido muito lixo cinematográfico por aí, e por incrível que pareça, as pessoas adoram."

Crepúsculos da vida que o digam. ;0

lilifazollo disse...

Eu ainda prefiro os livros. Não arranco os cabelos esperando a estréia e nem vou depois da estréia. Quando passa na tv eu vejo ou então baixo na internet, só pra poder comentar o filme com quem já viu.
Ah! Tenho que discordar do amigo Rodrigo... eu gostei do Crepúsculo... será que ele tem problemas com o Robert?

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