nos versos imperfeitos

o poeta medeia seu amor.

Mergulhei nos seus sonhos.
Fiz da sua vida minha verdade
da sua ausência minha saudade
dos seus beijos minha vontade.
Fiz de você o meu melhor
o meu refúgio, o meu amor.
Encontrei no seu sorriso
a minha felicidade
nos seus olhos a resposta
o motivo de estar aqui.
Fiz de você meu porto
minha luz acesa
a razão de não esquecer.
Encontrei na sua voz o amanhecer
nos seus gestos a simplicidade
no seu jeito o que não sei descrever.
Mergulhei nos seus sonhos
sem notar, de olhos fechados.
Mas não quero voltar
minha história é sua, agora.
Eu te olho tanto, tanto
que posso te entender
que me perco
que acho que é você.
Eu sei que é você que eu amo.

e eu amo mesmo.

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Mediadora


É você entre meus sonhos
Você no vento
Você na luz do sol.
É você quando estou à toa
E quando me ocupo
Quando não penso em nada
ou quando penso em tudo.
No final é sempre você
Os começos são você.
É você quando quero
e quando não me importo
Você onde fico
e onde me esqueço.
Não é você em todo lugar
É você pra sempre
em mim.
Meu amor entre vai e vem
Vento
Leva embora o que não sei
É você, se sei
Ainda assim, desconfesso
aguardo
Você me aguarda
e me guarda
É você
raio de sol
É claro que é.

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complicado


Por que a gente complica tanto as coisas?
Se você pensar bem
tudo podia ser mais fácil
Se você pensar bem
não é difícil entender as pessoas.
Olhe dentro de si mesmo
Simplesmente,
seja humano, seja alguém
Não se tranque aí dentro
Não pense que o mundo não é pra ser visto.
Por que a gente sempre inventa motivos pra tudo?
Você sabe que não precisa de nada grande
pra ser feliz
Você sabe que não precisa de leis
pra se encontrar.

Escute o que está dentro de você
Silenciosamente,
seja simples, seja paz
Não guarde todo esse som
Não pense que o mundo não quer te ouvir.
Por que a gente só não pega tudo isso e esquece?
Por que a gente sempre lembra de odiar
e esquece de amar?
Por que é tão mais fácil criticar
do que elogiar alguém?
Por que a gente complica tudo?

Por isso tudo é tão complicado?

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É como eu te disse


É como eu te disse, muita coisa pode ter mudado - dentro de nós, essas coisas que a verdade pode fazer -, mas não mudou o meu amor por você. Eu ainda te amo como antes, se não mais, porque eu nunca vi uma pessoa tão incrível. Apesar de tudo, você ainda é capaz de gostar de mim, de falar comigo, e é você quem está pedindo pra eu não te abandonar ou é impressão minha? Eu nunca te abandonaria, enquanto eu puder te ter comigo eu vou estar aqui.
Então, me desculpa se eu já não consigo te dizer as mesmas coisas de antes, eu preciso ainda me acostumar com tudo isso, que agora nossas condições são diferentes, ou sei lá - não sei explicar. E eu também tenho medo, receio, não sei. Não sei muita coisa, não sei mesmo. Eu só sei eu eu sou completamente apaixonada por você, e às vezes parece que esse amor nunca vai ter fim. Se você acredita em tudo que eu digo agora, eu não sei, mas eu não te culpo por isso - só sei que eu só penso em você, em como você é diferente, em como é que pode existir alguém assim, como pode existir uma pessoa tão linda e tão cheia de virtudes. E como que pode essa pessoa ser minha?
Às vezes eu nem sei o que eu faço com você. Cara, será que eu posso te fazer feliz? Será que a gente dá certo? Tudo aconteceu tão depressa, e eu estou confusa, mas não quero ficar longe de você. Nunca mais, porque é muito ruim, sem você meu chão desaba. A gente vai se acertando, se entendendo, não sei, ver no que dá. Mas não me abandona, tá?
Eu acho que você é a única pessoa do mundo que me desculpa quando eu faço uma idiotice dessas, você é incrível.
E eu te entendo sim, que o que acontece comigo também é grande demais, e eu não posso ficar guardando isso pra mim, é bonito demais, e você merece saber disso.

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a cor do meu sorriso se escondeu ..


Eu não sei o que você pensa, eu sei um pouco do que você sente, porque o que eu sinto é uma coisa muito ruim - perda, arrependimento, saudade – e com você não deve ser diferente. Eu não consigo mais fazer as coisas que tenho que fazer. Certa vez eu lembro de ter dito a uma amiga que apesar de tudo o que ela estivesse vivendo ela teria que continuar de qualquer jeito, porque se todos os dias a gente tem que acordar e ir lá fazer nossos deveres, então não vale a pena chorar pra sempre. Sabe, eu não acho que errei em dizer isso, mas é muito difícil! Você nem deve acreditar em mim mais, mas eu sei que era amor, senão eu não ficaria desse jeito, não é em mim que eu estou pensando, eu penso muito mais em você, e eu choro lembrando do que você disse, coisas que você disse não só por dizer, você disse porque eu tinha te magoado. Então, como é que eu posso sorrir se meu coração se quebrou no momento em que eu vi que estava te perdendo? Eu penso em como é que vai ser agora. Já se foi minha rotina de estar lá todas as madrugadas só pra poder ter mais um pouco de você – esse pouco que talvez nunca poderá ser mais. Você disse “Como eu vou acreditar em alguém que se julga inconfiável?”, e foi aí que você conseguiu me encostar na parede, porque eu não sabia mais o que te dizer, a não ser a verdade. E a verdade dói, dói demais. Não sei se você pensou que essa verdade tornava mentira os meus sentimentos, mas meus sentimentos continuam tão reais quanto seria possível e eu também não sei te explicar isso.
Eu também não sei o que você pensa de mim agora, mas eu não sou a pessoa que vai te perseguir, não sou a pessoa que vai te relembrar das coisas ruins por vontade própria, não sou a pessoa que vai implorar as suas desculpas, não sou a pessoa que vai te convencer de alguma coisa – até porque nem eu me convenci, nem eu me desculpei, nem eu me entendi. Eu sou a pessoa que vai estar aqui sempre, independente das minhas ocupações, dos meus problemas, e sempre você pode falar comigo. Eu sou a pessoa que se pergunta o porquê de não poder te fazer feliz como eu queria, o porquê de não ser como você precisa. Acredite ou não, eu queria ser exatamente o que você precisa, o que você imaginava, porque só queria que você fosse feliz, e ainda quero.E nas suas dúvidas, eu sempre sorri quando te imaginava, sempre pensei em você todos os dias, nunca menti sobre o que eu sentia, e também vai ser muito difícil pra mim te esquecer, porque o que você conseguiu fazer comigo ninguém nunca tinha conseguido.

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Meu nome é Tempo


Olha, meu nome é Tempo.

Nasci quando ninguém mais tinha nascido. Já tinha passado bastante quando vi o mundo. Eu vi aquele azul imenso e pensei: que tal um passada lá? Fato foi eu ter ficado, e surgiu o sempre - meu infinito, o que me torna imortal. Pois bem, sou Sempre.
As pessoas sentavam-se sob suas árvores e olhavam o horizonte, elas achavam que faziam muito pouco de mim, e me retalharam. Fizeram de mim passado, presente e futuro. O passado foi para que suas lembranças jamais morressem e para que suas histórias me fossem companheiras; o presente foi para que me aproveitassem como tal, para que tivessem noção do que fazer comigo (quando os homens começaram a temer o crepúsculo); e o futuro é o mais complicado. Pra que é que me transformaram também em futuro? Uma parte de mim que não se conhece. Antes eu me dizia Sempre, porém eu, Sempre, estava garantido. Não existia essa colocação de futuro. Eu era eterno e só. Os dias eram dias como eu passava, e a noite nunca vinha porque não era necessário trocar. Mas agora... Agora tenho que me transformar. De repente sou presente e quando bate o sino da meia-noite alguém pensa e viro futuro, então outro pensa e sou presente de novo, e outro pensa e sou passado.
Estou cansado. Mas não posso parar. Como a morte, minha companheira, eu estou preso nesse fluxo da vida dos homens. Se eu paro, eles logo pensam que o Sol vai cair sobre suas cabeças.
Sou o Tempo e eu cuido dos homens.
Sou o Tempo e a sua vida é minha.

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Liberdade?


Quando o seu mundo cai, o que você faz? O que você tem vontade de fazer?
Eu tenho vontade de pegar a minha vida inteira, enfiar dentro de uma mochila e queimar. Depois começar tudo de novo.
Por que nós, que somos humanos, temos essa tendência de fazer tudo errado? Certo que eu cansei de dizer que não sou desse mundo, mas eu nasci aqui. Pode até ser que é o lugar errado, que é o momento errado, que é a vida errada, mas é e pronto. Sou humana, sou uma pessoa. Eu minto, eu erro, eu sou impulsiva. Mas quando eu perdoaria, os outros não perdoam. Daí me perguntam por que é que eu sou tão revoltada? Ah, vão se foder!
Quem é que quer saber da minha vida se nem eu quero saber? Por mim eu seria bicho, seria passarinho, eu voaria alto e longe, eu seria livre. Hoje parei pra pensar em liberdade. Liberdade sou eu sozinha no paraíso. Sozinha. Sabe por quê? Se ser livre é poder fazer tudo (e não! Ser livre não é fazer tudo de forma dosada, porque aí já há controle), e nem tudo o que eu faço os outros concordam, ou se eu faço sem a opinião deles sempre alguém sai machucado, então ser sozinho é ser livre. Mas quem vive sozinho?
Vem cá, esquece essa história de que aquariano é individual e etc, foda-se o zodíaco também. Humano é humano, é isso.
Liberdade pode existir, mas se quiser ser livre esqueça seus amores, esqueça suas crenças, sua religião, os padrões da sociedade, esqueça sua vergonha, esqueça tudo. Vai, cria asas e voa, mas voa pra longe, bem longe.
Eu tenho medo de ser livre.

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Ela é


Ela é vida, ela é esperança, ela é saudade, ela é falta, ela é presença, ela é vontade. Ela é dona, só não sabe disso. Ela é guarda e é rainha, ela é fortaleza e é vidro, ela é forte e é frágil, ela é rara e é comum.

Ela é menina-mulher, e é mulher-menina, pequena grandiosa, grande menina dos olhos. Vejo brilho nos seus olhos. Juventude e tristeza, mas felicidade e ansiedade. Delicadeza felina, curiosidade, atenta e arisca. Posso tentar agarrá-la e ela escapa como vento.

É menina-vento, é vento-menina. Ventania forte, bruta nos anseios, cuidadosa nas verdades. Me pega e me leva de jeito, apresenta céu e inferno no mesmo palco. De pé em pé, pé em passo, passo em passo, passos curtos, pesados, adolescentes, que querem mudar, mas não mudam. Vou atrás. Ela passa pelas portas como passa por florestas, rodopia feito fadinha, sorri sorriso de anjo, o som da sua risada é lírico, meu lírio do campo. Corre e desfaz, faz tudo de novo.

Ela é conhecedora, ela é paz, ela é puro acordo, ela é pura, e só pura, alegria, tentação, inocência, imensidão. Ela é o que não sabe. Vejo nos seus pulos uma dança. Dança comigo? Daminha dos reis que são heróis, menina dos olhos que são errados. Tem doce, tem melodia, tem um gosto diferente. Tem palavras que são mágicas, tem jargões que faz de lei.

O seu choro é meu choro, sua tristeza é meu incômodo. Quero seu sorriso no meu sorriso, o seu brilho no meu peito. Menina-flor, menina-estrela, menina-raio-de-sol-iluminado. Minha miss Sunshine. Dorme como quer correr, e corre como quem quer descansar.

Ela é perdição, ela é caminho, ela é ponto final, ela é dúvida. Sentimentos saindo pelos fios de cabelo, pelos fios da boca, pelas pontas dos dedos. Quero seus dedos no meu rosto, e seu rosto no meu rosto. Quero suas indecisões na minha história, quero suas guerras no meu livro, quero suas coisas bobas nos meus problemas.

Ela é voz, ela é espírito, ela é ela mesma. Espontaneidade, hormônios morrendo e nascendo nos mesmos segundos que os cílios de cima tocam nos de baixo. Ela finge que faz, e finge que é. Morde os lábios, e morde os meus, quer morder meu coração, quer apertar tudo, quer tudo pra si. Ela é ciumenta e é adivinhadora, ela é compreensiva e é contradição. Me quer, não quer, desconta em mim raiva pequena, eu que não levo a sério, eu levo a sério seu franzir de sobrancelhas.

Ela é mulher de um homem só, mas é mulher de experiências. Ela é menina decidida, mas é menina brincalhona. Ela quer porque quer e é só. Deixe que faça, deixe que arrependa, deixe que cresça, mas não queira que seja adulta. Ela é menina pra sempre. Ela é raio de sol pra sempre.

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RAPIDAMENTE FALANDO


“Eu queria era dizer diferente, coisas que todo mundo sente, mas não consegue explicar.”



Sabe qual é o maior problema de escrever? É que se você se apega às palavras, nunca mais pode viver sem elas. Tudo o que você sente, vive, pensa, imagina, tudo mesmo, te dá vontade de escrever, de registrar, de explicar.

Eu escrevo como sonho. Todas as noites é minha rotina ir lá e escrever. Não digo que é um diário, porque odeio contar meu dia. E se conto, sou detalhista demais, e ser detalhista em monotonia não faz sentido. Mas eu percebo - todas as pessoas que se apegaram às palavras não conseguem mais passar um acontecimento sem falar dele. E o pior é quando por mais que você tente explicar você não ter sucesso nisso.

Já tentei explicar sentimento. Quer saber? Não dá. Sempre vai haver uma nova interpretação pra tudo. O que é simples um dia é complicado no outro. Sentimento é x e y. Escrever é x e y. Mas nem por isso parei de tentar, porque eu simplesmente preciso escrever, por motivos que mudam sempre: vontade de colocar coisas pra fora, coisas que você não pode dizer pra outras pessoas, ou acha que elas não vou te escutar ou te entender. Coisas que você precisa explicar pra si mesmo; coisas pra guardar; coisas repentinas.

Mas é preciso ter cuidado com as palavras. É muito mais fácil machucar alguém com elas do que com os punhos. Com palavras dá pra mentir.

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A gente tem que aprender coisas


A gente tem que aprender coisas pra passar na vida.
Não estou falando coisas de escola
que essas te entram na cabeça
e saem pelos ouvidos
procurando outros ouvintes surdos.
Estou falando das coisas que vemos
e, depois disso, nunca mais esquecemos:
O gato a te atrapalhar as poesias
O carro a te enfurecer, barulhando o sono da tarde
A nuvem a esfarelar e confeitar o céu anil
O velho sozinho no pôr-se do Sol
As meninas pequenas fazendo-se grandes
Os meninos pequenos sempre meninos
A Lua linda que faz da noite dia
O rapaz que te pisca e ilude
A vizinha que faz da janela olhos
O beijo que você nunca roubou
A chuva que nunca molhou
ou sim
A história da família inteira
nunca completa, nunca lúcida.
A gente tem que querer paz
Tem que lutar, porém
Não é questão de idade no boletim
É questão de experiência nas rugas e nos cabelos brancos.

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from roça


Cheguei da roça ontem.
Eu digo e não digo que aquele lugar é o fim do mundo. Acho que depende mais do humor, da lotação, do momento. Dessa vez eu preferia não ter ido. Também parece que todas as vezes que você viaja exatamente porque não tem nada pra fazer na sua cidade é que as coisas acontecem nela.
Viajei mais porque estava muito à toa. Já que a H1N1 prolongou nosso pequeno recesso, fiquei mais uma semana por aqui, vendo filmes cults e idiotas, ficando na internet até tarde (exercendo minha nerdisse), lendo um livro de 475 páginas (ou algo assim) e pensando naquela minha tarefa de geografia sobre Honduras que até hoje não tive vontade de fazer.
Daí que eu voltei. Agora vou continuar meu tédio. Filme, livro, meu cappuccino, cigarro (mentira!), internet, às vezes até rola uns amigos, mas eles estão como eu.
O fato é que lá na roça a água era gelada, os dias eram geladas, as noites eram hiper geladas. Eis o perfil dos meus companheiros de quarto: um roncava tanto que eu achei que tinha insônia (fato: minhas olheiras), a outra era só deitar que dormia. Aí eu ficava horas deitada com muita raiva dos roncos e sem companheiro pra virar a noite. Isso tudo vinha com brinde: o caseiro bêbado é um inferno, e o caso é que ele bebe todos os dias e põe aquela musiquinha muito legal: “Pula boi, pula cavalo, pula cavalo e boi, coração pula no peito, saudade ..” Enfim (parei porque não sei o resto).
E sabe o que parecia? Que aquele cara pra voltar a fita (sim, fita!), ele rodava aquela paradinha com o dedo, porque sempre dava uma pausa antes de tocar as mesmas 5 músicas (é, eram só 5!). Bêbado é foda! É mais foda ainda quando ele vem falar com você. [ironia]Ê, mas eu dei uma sorte[/ironia]. Eu não entendia nenhuma palavra do que aquele cara dizia, só não caí fora porque estava cuidando da porta do banheiro pra minha prima que estava lá dentro (fato: o banheiro era do cara, porque o chuveiro dele era o único que a água saía quente).
Aí eu quis voltar. Ninguém merece.
É claro, o lugar é incrível. O céu é incrível. De noite e de dia. Mas eu não estava tendo paz pra conseguir ficar em paz. É isso mesmo! Paz pra ter paz. Se você dorme mal, tem que tomar um banho por dia pra não morrer de frio e tem que ficar fugindo de bêbado você não tem paz pra curtir a onda.
Ah, enfim.
Maktub.

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O Pequeno Príncipe



Direção: Stanley Donen
Roteiro: Alan Jay Lerner
Ano de produção: 1974

Inspirado na obra de Antoine de Saint-Exupéry



Pois é, eu vou falar aqui de um filme que passava na sessão da tarde dos anos 70 e 80, mas que hoje eu vi pela primeira vez na vida no Telecine Cult. E esse filme é O Pequeno Príncipe, cujo livro inspirado eu já havia lido (se não me engano ainda no ano passado). Na verdade, li esse livro duas vezes. Na primeira vez eu não estava realmente interessada, e li como quem lê um mesmo anúncio colado no ônibus todo dia. Depois, não lembro bem porque eu quis lê-lo outra vez, mas sei que foi aí que eu compreendi a essência do livro.
Não sei dizer se há agressividade o suficiente pra afirmar que seja uma crítica, mas se for, é destinada a um tal de senso-comum que a gente chama de envelhecimento. A gente pode envelhecer por fora, mas a alma só envelhece se deixarmos que ela murche e que ela perca interesse pelas simplicidades, como quando somos crianças. E quando o somos, vemos sempre um novo dia, nos interessamos por tudo, imaginamos; e quando crescemos, parece até que esse mundo morre e só fica uma lembrança embaçada do que fomos um dia. Eu poderia ser criança pra sempre, e acho que não é muito fácil. Caso eu tenha a sorte de não ser corrompida pela sujeira da sociedade...
O Pequeno Príncipe é isso, é uma eterna criança, talvez como Peter Pan, mas no sentido de sempre enxergar as coisas além do que se pode ver com os olhos: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível para os olhos”.Também vejo no Pequeno Príncipe o amor verdadeiro, a sua fidelidade pela sua rosa, a sua felicidade em possuí-la e dizer que ela é única, e, em contradição, a sua tristeza ao descobrir que no planeta Terra há tantas rosas iguais a do seu planeta. “Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando as contempla”. No entanto, ele ainda se sente responsável por sua rosa, e volta ao seu planeta por ela.
Quanto ao filme, a representação da história é fiel ao livro, o menino, principalmente, lembra muito os desenhos de Saint-Exupéry. Uma parte que gostei tanto no filme como no livro, é o seu encontro com a raposa. No filme a aproximação é um musical, o que torna a coisa um tanto cansativa, daí a minha preferência pelos livros, mas não deixa de ser boa.
O que eu aprendi e continuo aprendendo com o Pequeno Príncipe é justamente a frase mais conhecida: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, o que é uma verdade, e uma grande verdade. Não é fácil encontrar amigos de verdade, muito menos pessoas de verdade, se você estiver procurando apenas alguém que te ouça e não faça mais nada, bem, está cheio de gente assim por aí, mas se você quiser alguém que queira te conhecer e te chame a atenção quando você precisar, aí você terá que cativá-lo. E quando você cativa é que vêm as responsabilidades. Não basta fazê-lo. Faça e tudo lembrará a pessoa da sua existência, e com esse tipo de sentimento se deve ter muito cuidado: o amor.

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Encontros e desencontros


Sabe quando você deita na sua cama 6 horas da manhã pra tentar dormir, mas a única coisa que você consegue fazer é pensar? E pensar, e pensar, e lembrar, e fazer planos. Sabe quando você vai pensando tanto que chega a se sentir sozinho? Eu faço muito isso. Parece loucura. Às vezes eu acho que sou a única pessoa que pensa no mundo. Não estou dizendo isso porque acho que os outros são ignorantes (apesar de que alguns o são), mas porque me sinto sozinha. Eu posso estar com um monte de pessoas ao meu redor, mas pra mim elas são só passantes, e é interessante como de longe - assim, sentada na calçada olhando a rua, ou deitada na cama lembrando o dia - parece que elas realmente não pensam como eu, ou não entendem a vida como eu.
Eu olho o mundo, os postes acesos, as pessoas no bar, as pessoas consumindo, as pessoas passando com bolsas e mais bolsas, se divertindo, rindo, falando, sei lá, o que as pessoas fazem, e às vezes é só isso. Só olho, e elas são apenas para serem olhadas. Você só conhece uma pessoa quando consegue olhar nos olhos dela e ver algo de sentimento, algo que a torne uma pessoa para ser sentida, porque são os olhos a janela da alma, segundo a sabedoria japonesa.
E é justamente no Japão que ocorre tanta movimentação tecnológica, tantos carros, e prédios altos e pessoas com hábitos estranhos. É um lugar onde é possível você se sentar ao lado da janela do seu apartamento e olhar a cidade lá embaixo e pensar quantas pessoas tem a noite corrida, e quantos carros tem pessoas dentro, mas você se esquece dessas pessoas por um instante, e esquece do mundo ao seu redor. O que você sabe do mundo é que há barulho, o pior é quando só o silêncio embala seu pensamento.
Encontros e desencontros é um filme que trata desses mundos: o mundo lá de fora, e o mundo aqui de dentro. Tanto Charlotte quanto Bob são pessoas extremamente solitárias, apesar de serem casados e estarem numa cidade tão ativa como Tókio. A atuação é excelente, e todo o filme tem esse clima de solidão, de mutualidade, impessoalidade. Dá pra ver no rosto de Charlotte que ela não é feliz, que ela não está fazendo o que quer, igualmente no de Bob, cujo casamento não tem profundidade. Eles se envolvem, mas não como um casal, não se apaixonando perdidamente. Eles se envolvem como pessoas que não estão acostumadas a emoções fortes, mas que precisam disso, que precisam provar a si mesmas que essa solidão interior pode ser eliminada por algo exterior.
Será preciso ficar só pra se viver? Será preciso conhecer a solidão pra perceber nos olhos do outro o que ele é? Encontre-se e desencontre-se, encontre e desencontre. Que eu faça o que quiser, mas que eu nunca termine sozinha esperando o crepúsculo – não desejo isso pra ninguém.

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O show de Truman


Quando o seu momento é buscar a liberdade; quando seus sonhos são apenas encontrar a paz; quando o seu desejo é explorar, expandir, crescer, ir além – quando a sua vida não é o que você quer, o que você faz?


Christof é o demônio controlador que brinca de deus. Não estou me referindo a anjos e demônios de forma religiosa, até porque esse não é o meu forte. O que é brincar com uma vida? Truman nasceu na Tv, cresceu na Tv, todas as suas ações controladas e observadas, poucos momentos de privacidade. “O show de Truman”, como “Click”, é do tipo que você não sabe se ri ou se chora, e tem sua moral. Quer dizer, qual o significado da vida? Qual é a verdade? Será que nós devemos acreditar em tudo o que vemos? Será que devemos levar tudo tão a sério? Somos apenas fantoches? O que é que há lá em cima, depois das nuvens, depois da Lua, depois do horizonte, depois do que se vê? Nossas sombras refletem no céu?
Tantas coisas pra pensar, tantas coisas pra fazer. Mal se percebe o quanto as coisas são monótonas, e o quanto nos prendemos porque temos medo. É mais fácil se esconder no escuro do que enfrentá-lo, mas se não enfrentá-lo, como sabê-lo? Como saber o que é real se não temos coragem de conhecer, se temos medo do desconhecido?
E você assiste esse filme e tem ódio de Christof. Mas pense se você também não é como ele. Controla pessoas, quer que façam o que você precisa, mente, suborna, ambiciona. Vê se você não tem também seus pecados, mas também pense se o outro não tem o dele, e se também não é humano, se todos não somos humanos, se todos não somos seres sentimentais. Todo mundo já ouviu aquela velha história de que a sua liberdade acaba onde começa a do outro. Quando Truman chega no fim daquele mundo de mentiras e toca a parede, ele chega no início da sua liberdade, mas atrapalha a de Christof, que agora a programa não mais é seu, Truman não é mais seu, a audiência não é mais sua – a gente vê quando os policiais logo procuram um outro canal depois que acaba a transmissão.
Passe a perceber se você não está sendo apenas empurrado, se não está sendo controlado, pense mais em seus sonhos, faça mais o que você quer, não seja bom, mas seja humano. Tenha objetivos, e não fique satisfeito com tudo. Isso até parece auto-ajuda, mas não é, isso é felicidade.

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Não estou falando de férias de verão


Não estou falando de férias de verão. Estou falando de férias de inverno. São essas férias em que você sempre espera mais: mais tempo, mais diversão, mais viagens, mais pessoas. E contradição, são essas férias as de menos. Simplesmente porque não são férias. É um recesso. Não sei por que chamamos férias. Duas semanas. Duas semanas idiotas, porém, tão esperadas ! Curtas, ingênuas, tediosas. Na verdade, depende um pouco do que você faz com o seu tempo, e eu não recomendo que ninguém acorde três da tarde, a não ser que você esteja em depressão, o que não é fato.
No momento, eu só quero aproveitar o tempo, porque duas semanas, sinceramente, é uma gota no oceano se relacionarmos aos meses de estudo, e a enxaqueca do simulado, aos testes de física, aos desentendimentos matemáticos, à preguiça – ninguém merece acordar cinco da manhã, por isso três horas da tarde me parece satisfatório !

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Tchau


Não tem vida melhor! Nem tem vida que basta! A vida é curta, curta demais, mas a vida é, sobretudo, extrema. A vida é x e y, a vida é o que não conhecemos e, ao mesmo tempo, exploramos. A vida é essa condição de estar e não estar - é estar sob esse céu e sobre essa terra; e não-estar sobre esse céu, e, ainda, não-estar sob essa terra. A vida é quando há, quando existe, quando sente, quando se expõe, quando se impõe, quando cai, quando quebra a cara, quando chora e ri, quando luta e perde, e luta e ganha, quando tem que ignorar, quando tem que aceitar, quando tem que se proteger, e quando tem que proteger o outro. A vida é o melhor! A vida não basta!
E lá fora a festa corre: pessoas felizes, pessoas tristes, pessoas que disfarçam tristeza com sorrisos feios, pessoas que dançam, pessoas que sentam e comem. Eu não quis mandar eles felizes pra casa, nem quis mandar eles tristes. Nem quis que eles se sentassem no meio-fio, nem quis que eles parassem no meio da calçada e me esperassem. Ou quis?
Eu apenas estava. Mas não mórbida. Estava ativa. Comigo mesma e com os outros, mas há ação, reação e conseqüência, e sobre isso eu não posso fazer nada. Mesmo que quisesse.
A vida não basta. Espero que um dia nos vejamos de novo. E que até lá nossos pecados sejam esquecidos e perdoados, que você não me odeie e que eu seja melhor.
Tchau.

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Srta. sabe-tudo-sobre-rock


Eu Tenho outra amiga. O nome dela é Ju. Percebe-se que as minhas amigas parecem todas ter nomes monossilábicos. Mas a Ju é Ju porque é abreviação mesmo, e até que esse apelido combina com a cara dela. Eu acho que a Ju tem cara de criança feliz e inconveniente, e às vezes eu acho que ela tem cara de alienígena, e às vezes eu acho que ela tem cara de gótica, e às vezes eu acho que ela tem cara de Ju.
Por incrível que pareça, a Ju também é baixinha, o que significa que além de todas as minhas amigas terem nomes monossilábicos elas também são pequenas que nem eu. Na verdade, eu acho que até a Ju está maior que eu atualmente, só a Na consegue ser menor que eu. Eu não tenho certeza porque essa fdp não vem pra Resende pra gente medir na parede da cozinha ( da cozinha?).
Ah sim, a Ju mora lá no Amazonas, em SGC, o telefone dela é (...), o CPF dela é (...), o número da identidade dela é (...), e outras demais informações confidenciais, clique no (...) e saberá. As opções serão: 1. Para consultar a Ju, 2. Para consultar a mãe da Ju, 3. Para não consultar porra nenhuma. Enfim...
A Ju usa umas roupas muito fodas que não são emos ( eu acho ). A Ju é descolada ( aê ), mas ela também usa All Star. A Ju é lezadinha, e inconveniente, e gosta de ver hentai. Ela atualmente é uma sabe-tudo-sobre-rock. Não sei o que aconteceu, mas parece que ela chegou no meio do mato, encontrou os índios e descobriu que a civilização indígena é mais barra pesada que a civilização paulistinha. Fala aí, Ju, você puxa ou não um narguilé?
A Ju é a única pessoa do mundo que sai correndo nua do banheiro porque tem medo do filme Os 13 fantasmas. Mas ela também é uma espertona da vida. Sabe essas pessoas que pensam rápido? É a Ju. Sabe essas pessoas que sempre que você olha pra elas você tem vontade de apertar as bochechas? É a Ju. Sabe essas pessoas que fazem de tudo na internet ( tipo comprar papel higiênico, comentar no Orkut dos outros, hackear MSN, ter fake em todo lugar )? É a Ju.
A Ju também é tarada, né não? Ela tem aventuras fakes com Ronys Wesleys e Malfoys da vida. Sei que eu sei. Agora eu já não sei mais, porque a internet do norte é uma bobba*.
*para maiores informações clique bobba* bobba*
Acho que eu vou bater na Ju agora pra ela parar de jogar na minha cara que conhece coisas de rock e guitarra mais que eu. Só porque eu fiquei sem paciência pra continuar meus aprendizados? >_____________>
Enfim, Ju, volte para casa! Volte para sua família! Já posso imaginar você correndo num campo de papoulas, a câmera lenta foca bem a sua cara de criança feliz e retardada, depois foca a cara da Nicolita, aí vocês se abraçam e chove. Aí a gente pode começar as produções para um clipe em que todo mundo aparece nu e dançando. (:
Por que será que toda vez que eu falo de você ou com você só sai coisa sem sentido?

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Só uma coisa


Hoje eu acho que só preciso dizer uma coisa: nós somos apenas palavras nos parágrafos da vida, e por isso temos que aproveitar nossos espaços e tentar fazer sentir a força dos nossos significados – assim, podemos agregar adjetivos ao nosso redor, bem como advérbios, artigos, e toda uma gramática de morfologia. Só pra quem manja ;)

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Super estreia


“O surpreendente no efeito obtido por Yates é a simplicidade dos meios que ele utilizou: primeiro, uma paleta de cores fechada, que privilegia o chumbo e torna os tons vivos, quando aparecem, dramáticos e cheios de prenúncios; uma faxina nos sets, para fazer da escola de bruxos Hogwarts um ambiente medieval e austero; depois, enquadramentos muito profundos, que, por colocarem boa distância entre o primeiro e o último planos, sugerem que há coisas que não se podem discernir nem desvendar; e, por fim, a ênfase no rosto dos atores.”


Seja como for e independendo do enredo, um filme tem que ser muito bem produzido pra convencer quem vê, pra despertar emoções e pra levar pessoas do mundo inteiro a se tornarem fãs: o filme se torna uma febre. É claro que, ultimamente, tem surgido muito lixo cinematográfico por aí, e por incrível que pareça, as pessoas adoram. Mas vamos lá, estamos falando de Harry Potter, e não de qualquer coisa. Harry Potter não é como os filmes comuns, não é algo que surge e passa, mas sim algo que vem e nós esperamos pelo próximo, e pelo próximo e pelo próximo... E ficamos agonizando um ano inteiro, só sustentando nossas vontades com os filmes passados, decorando as falas, percebendo os detalhes – principalmente aqueles em que os quadros se movem, adoro aquela girafa enorme! -, procurando novidades e vendo cenas que foram cortadas ou making of.
Acho que eu nunca esperei tanto por um filme como esperei por esse. Li todos os livros, e o Enígma do Príncipe foi um dos que eu mais gostei, depois do Prisioneiro de Azkaban. Eu sou dessas que prefere o livro ao filme, é lógico que no livro tudo é muito mais imaginativo e detalhado, mas, acima de tudo, a J.K. escreve maravilhosamente bem, e se você lê os livros você entende muito melhor. Nos filmes a coisa fica um tanto que picada, e falta pedaço. É esperado que você tenha um conhecimento prévio da história, quem leu o livro antes de ver o filme sai entendendo muito melhor.
Mas apesar da soberania dos livros, eu espero os filmes ansiosamente. Talvez pela atuação, talvez pelos cenários, é tudo como você imagina quando lê os livros. Acho que isso acontece em parte porque eu só me interessei a ler os livros depois que já tinha visto o segundo filme da série, daí o que você imagina fica um pouco distorcido pelo que você viu. Duvido que eu imaginaria o Daniel Radcliffe como Harry Potter se tivesse lido o livro antes de ver o filme! Ah, mas deixa! A produção é excelente! O clima do filme é fiel ao clima do livro, tudo meio misterioso, meio fantástico.
Das produções, se tem uma cena que eu gosto muito é aquela, do Prisioneiro de Azkaban, em que um passarinho vem voando tão feliz e passa perto do salgueiro lutador, aí você sabe o que acontece. Esse salgueiro lutador é fascinante, tem também uma cena em que todas as folhas dele caem, adorei.
Mas enfim, esse HP6 promete, já está demorando! Eu esperei um ano por isso, mas realmente não vou entrar na sala de cinema esperando que o filme saia tão bom quanto o livro, é impossível.

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Para bananada


Eu tenho uma amiga. O nome dela é Na e ela mora na beira do rio, mas ela não é da população ribeirinha não, ela mora num apê legal, só o que atrapalha ela é que de manhã sempre passa a chalana buzinando e ela acorda puta – eu fico imaginando ela acordando puta. Um momento de reflexão. < - > Então, a Na é burguesinha, burguesinha, burguesinha ! E delicinha –q. Ela tem uma bunda grande. Sabe por quê? Porque ela fica no MSN o dia inteiro comendo panquecas e doces ( bala Juquinha, pé de porco, algodão doce, bananada, pé – de – moleque, manjá, chocolate, leite moça, murangas, ovada, ovo frito, ovo cozido, ovulada, óvulo de peixe, enfim ), e o que acontece é que a comida vai pra bunda. A bunda dela deve ser doce. Reflitam.
A Na tem uma bisa que é muito legal. O olho da bisa dela é azul. A bisa dela vai pras festinha da escola e fica jogando bingo, ela deve ter uns 80 anos ( reflitam ). A Nicole gosta da bisa da Na, e a bisa da Na gosta da Nicole. Elas, quando se encontram, têm tanto papo que eu não sei da onde vem. Só que eu não estou aqui pra falar nem da bisa nem da Nicole, mas sim da Na.
Pois então, a Na usa roupas emos, mas ela não é – eu acho ( reflitam ). Ela usa all star, coletinho e blusa com desenho de gravatinha. A Na se acha ! É, ela anda na rua com aquela cara de blasé e vai olhando geral de cima assim pensando “quem é esse fulezinho aê?”, a Na é fodona ! Sabe o que ela me disse esses dias, que o negócio dela é motor ! O sonho dela é ser mecânica e andar no meio de um bando de homi sujo de graxa, né não, Ná? Rá, safadona ! Mentira, gente. A Na é uma menina de família, ela é boazinha e inocente ( ah, sei ! ). O sonho da Na é ser design de moda e ter uma loja. Na verdade, eu acho que ela quer fazer uma grife dominar o mundo com ela.
A Na às vezes eu acho que ele é um extraterrestre, porque ela tem uma risadinha muito, muito estranha. E quando ela chora ela ri. É bem estranho. Mas a Na, acima de tudo, é uma inconveniente, por isso que ela é minha amiga. Bate aí, Na \o
A gente nesses eventos de anime que tem por aí não dá certo. A Na fala com todo mundo ! Foi com ela que eu aprendi a ser retardada e a comer. Mas sabe o que mais me surpreende? Que ela come, come e come e não cresce ! Ela é a única pessoa do mundo que consegue, pode e é menor do que eu ! Imagina ! Eu tenho 1,59 m. Reflitam.
A Na, eu gosto muito dela. Na, eu te amo ! Você é importante pra mim *-* Não morra, nem se mate ! Eternamente Aninha bananada !

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Summerhill





Existem dois tipos de coisas na vida: as de que você gosta e as de que você não gosta, acho que dá até pra incluir uma terceira coisa, que é aquela que você gosta demais. Eu sempre penso nisso quando vou pra escola. Sabe que escola se inclui no grupo das coisas que eu odeio. Mas tem que ir. “Estude, o conhecimento é a herança que os seus pais te dão e que você nunca vai perder”, o japinha falou. Eu até concordo. Mas hoje eu estava lá morgando legal na aula de matemática porque eu não captei o sentido de aprender logaritmo. A Vandaime mesmo falou assim que logaritmo não servia pra por** nenhuma, e que quem inventou foi um cara que não tinha absolutamente nada pra fazer e decidiu inventar moda pra dificultar a vida de estudante do segundo grau que está morrendo de agonia por causa do vestibular. É, e o pior é que essa droga cai no vestibular.
Faz, eu acho, que um mês que a gente está estudando logaritmo e até hoje eu não sei fazer o básico. Também nem estou ligando mesmo. Sei que na hora da prova eu estudo um dia antes, sei de tudo um dia antes e no dia da prova, depois eu ponho o pé fora da sala e o “conhecimento” se esvai. Por isso eu acho que não faz o menor sentido você ter que estudar uma coisa que você tem certeza que nunca vai usar na sua vida!
A minha professora de filosofia comentou na aula de segunda sobre uma escola que existiu a Inglaterra que se chamava Summerhill. Pondo Wikipédia nisso temos: “Summerhill se destaca por defender que as crianças aprendem melhor se livres dos instrumentos de coerção e repressão usados pela grande maioria das escolas. Todas as aulas são opcionais, os alunos podem escolher as que desejam freqüentar e as que não desejam.”
Bem, eu nunca tinha imaginado que alguém seria louco de fundar uma escola assim, completamento contra os padrões da sociedade. Mas se você pensar bem, isso remete um pouco à Grécia antiga, quando, nas ágoras, se reuniam os seguidores dos sábios para ouví-los ensinando. E cada um seguia quem quisesse e aprendia o que quisesse. Vê só que a Grécia é o berço da filosofia, e lá não tinha essa de ficar forçando gente a estudar o que não quer.
Talvez se isso fosse aplicado nos dias de hoje a gente tivesse mais vontade de aparecer na escola 7 horas da manhã. Não posso dizer que todo mundo fosse ter interesse por aprender alguma coisa, mas isso seria coisa que se corrigiria com o tempo. Tipo, quem não estuda não consegue nada na vida, e as pessoas iam perceber isso, e iam querer estudar por conta própria, mas iam estudar o que quisessem – uma questão de identificação.
De modo que o que tinha que ser mudado é o sistema de ensino, extremamente formal e extremamente irracional. O que deveria permanecer é o fato de que a pessoa tem que ter qualificação pra trabalhar – isso é imodificável.
Finalizando por aqui, eu li na revista sobre o filho do escritor David Gilmour, o nome dele é Jesse. O pai dele permitiu que ele deixasse a escola com 15 anos desde que ele assistisse os filmes que pedisse. Acho que alguns filmes realmente ensinam mais que a própria escola. Não só documentários chatos sobre evolução da vida e meio ambiente, mas há filmes fictícios que dão lições de vida e nos fazem refletir sobre coisas (“Muito além do Jardim”, “O caçador de pipas” cujo livro com certeza é melhor, apesar de eu nunca ter lido, “Memórias de uma gueixa”, que não é totalmente fictício mas é muito bom, “Click”, que pode ser comédia mas se você pensar bem sobre ele leva uma filosofia sobre aproveitar o tempo, bem como “Sociedade dos poetas mortos” que mostra o carpe dieam) e, de uma forma ou de outra, isso eleva nosso pensamento intelectual – nos torna mais críticos diante de situações e potentes para mudar a sociedade ao nosso redor.

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Aos meus amigos


As pessoas entram e saem das nossas vidas o tempo todo. Podem sair porque querem, podem sair pelas condições, podem sair porque nós as afastamos, podem sair mesmo sem querer. Mas há algumas que mesmo o tempo, ou a distância, ou as brigas e separações não podem tirá-las de nós. E por quê? Tudo porque nós as amamos e precisamos delas para ser felizes. Isso nos leva a perdoar as mais intensas brigas, esquecer a distância, contar os segundos para reencontrá-las, chorar e sentir saudade.
Sozinhos ou não, há certas pessoas que nos são essenciais.
Esses dias eu estava pensando no passado – que as pessoas fazem isso sempre, mesmo as mais alvoroçadas. Naquela época nós criticávamos tanto nossos professores e pisávamos nos calos de nossos amigos. Eu especialmente a toa, e bem a toa, ficava na defensiva. Mas hoje, mesmo que julgue mal os arrependimentos, eu me arrependo. Sim, eu me arrependo, e muito, de não ter aberto mais o leque, de não ter sido mais parte da turma, de não ter abraçado meus amigos e não ter contado todos os meus segredos a eles.
Agora nós temos pouco tempo. Só de pensar que lá atrás, nem um ano faz, tínhamos a semana toda, e hoje temos menos de um dia, bate saudade. As pessoas são outras. Acredito que apenas uma brisa possa levar essas da minha vida. Mas as outras... Meus amigos, amigos que são mesmo amigos, nem a mais forte ventania poderia levá-los embora. O que nós fizemos, o que passamos, o que pensamos e planejamos, o que falamos, tudo ficou na minha memória e no meu coração.
Amigos não se perdem nunca. Amigos não deveriam morrer nunca – como mães. Isso porque amigos têm papel de mãe, irmão, professor, conselheiro, cachorro, crítico, guarda e fugitivo. E eles são dessas pessoas que entram na sua vida e correm o risco de nunca mais sair. Não me esqueço que eles são muito poucos, e são raros, poderia contar nos dedos de uma mão só, se tivesse seis dedos nela.
Infelizmente, há coisas que vão e não voltam mais. Eu queria tanto voltar o tempo, consertar tanta coisa, aproveitar mais o que perdi, o que deixei passar por capricho, medo ou vergonha. Que eu queria, eu queria. Mas eu penso o seguinte: melhor deixar o passado lá onde ele ficou mesmo, agora é pé no chão. Não vou deixar passar mais momentos, não vou deixar passar mais amigos, e não vou deixar que os que eu tenho fiquem pra sempre.
São vocês, os amigos, que fazem a vida ter sentido. Porque eu ainda não sei se existe amor eterno, mas amizade eterna eu sei que existe.

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