Tchau


Não tem vida melhor! Nem tem vida que basta! A vida é curta, curta demais, mas a vida é, sobretudo, extrema. A vida é x e y, a vida é o que não conhecemos e, ao mesmo tempo, exploramos. A vida é essa condição de estar e não estar - é estar sob esse céu e sobre essa terra; e não-estar sobre esse céu, e, ainda, não-estar sob essa terra. A vida é quando há, quando existe, quando sente, quando se expõe, quando se impõe, quando cai, quando quebra a cara, quando chora e ri, quando luta e perde, e luta e ganha, quando tem que ignorar, quando tem que aceitar, quando tem que se proteger, e quando tem que proteger o outro. A vida é o melhor! A vida não basta!
E lá fora a festa corre: pessoas felizes, pessoas tristes, pessoas que disfarçam tristeza com sorrisos feios, pessoas que dançam, pessoas que sentam e comem. Eu não quis mandar eles felizes pra casa, nem quis mandar eles tristes. Nem quis que eles se sentassem no meio-fio, nem quis que eles parassem no meio da calçada e me esperassem. Ou quis?
Eu apenas estava. Mas não mórbida. Estava ativa. Comigo mesma e com os outros, mas há ação, reação e conseqüência, e sobre isso eu não posso fazer nada. Mesmo que quisesse.
A vida não basta. Espero que um dia nos vejamos de novo. E que até lá nossos pecados sejam esquecidos e perdoados, que você não me odeie e que eu seja melhor.
Tchau.

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